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NOSSO MEMORIAL

O começo de tudo.

Do início ao fim de nossas vidas, somos rodeados por cuidados médicos, medicamentos e preocupações com a saúde em geral. O hábito de se medicar para tratar qualquer tipo de enfermidade está naturalizado e é passado por gerações. Para todos os problemas, a indústria dissemina a existência de uma cura. Essa cura, muitas vezes materializada em medicamentos, surge para nós como algo vital. O uso abusivo de medicamentos é sustentado na crença de que todo mal-estar deve ser abolido imediatamente. A medicalização da vida se tornou, assim, um meio eficiente e rápido para amenizar qualquer tipo de sofrimento do cotidiano. 

A ideia de trabalhar com este polêmico tema envolvendo a magnata Indústria Farmacêutica e seu poder de influência na sociedade surgiu de uma demanda pessoal dos integrantes da equipe.  O enorme crescimento no número de farmácias na cidade de Fortaleza é dos exemplos que nos deixou inconformados com a situação e dispostos a fazer algo a respeito. A partir de pesquisas e estudos, estabelecemos as causas deste crescimento, para assim desenvolver o tema de maneira a promover reflexões e mudanças de hábito. De modo geral, o desafio de, abordando um tema técnico, trazer a discussão para um campo de interpretação mais humanizado foi um importante motivador para estudar e construir ainda mais este tema, de tamanha importância para a atualidade.

 

A indústria farmacêutica sempre esteve presente na construção destes hábitos. A promoção de medicamentos, o acesso fácil à internet para pesquisar remédios, a dificuldade de realizar consultas médicas e a urgência em curar são fatores agravantes para a desinformação do indivíduo. E todos estes fatores levam a um obstáculo maior: a automedicação.

Nosso trabalho teve como proposta trazer à tona essa realidade capitalista da Indústria Farmacêutica, e por meio de inputs desenvolvidos pela equipe, provocar a reflexão nos consumidores do nosso produto final acerca da influência da mesma na vida de cada um. A proposta por si só surge de uma demanda por transformação, que transcorre para além das portas da universidade e alcança um público maior e mais vulnerável ao poder instituído por estas grandes corporações, que representam tudo menos a preocupação real com a saúde da população que as sustenta. O trabalho desempenha, portanto, papel fundamental na busca por reflexão, pautada, claro, em conhecimentos que fogem do senso comum. O poder de desmascarar tais hegemonias e provocar mudanças palpáveis é o que moveu a equipe em busca dos objetivos almejados.

Ideias saindo do papel. E da Universidade.

Para que o projeto todo se desenvolvesse, um planejamento adequado, realista e sensível às demandas mais urgentes foi fundamental. De modo a garantir que as diversas tarefas caminhem em paralelo, sem prejuízo aos desdobramentos mais atuais a tempo. 


Desde o início, entendia-se que uma ação offline era necessária para que o projeto pudesse se completar sob uma perspectiva mais abrangente. Desta forma, diversos foram as tentativas e, por consequência, erros na elaboração de uma proposta de ação. Entre os testes realizados, percebeu-se que pensar uma ação que comunicasse com o público alvo da maneira mais adequada. Este trabalho proporcionou parcerias e colaborações de outras áreas de estudo, como o Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos (GPUIM), do curso de Farmácia da UFC. Os professores e alunos do grupo se tornaram grande aliados para concretizar a campanha da melhor forma possível. 

Quando todas as técnicas de brainstorm se esgotaram, chegou-se ao consenso que ajuda externa era necessária para que a idealização da ação pudesse sair daquele ambiente predominantemente universitário. A ajuda dada de maneira extremamente orgânica e colaborativa pela Mosaico Branding foi essencial para acharmos soluções fora do nosso mundo.

Com a atenção redobrada para a mensagem sendo repassada, o desenvolvimento da ação se deu de maneira muito orgânica e natural. Culminando, então com a realização de uma ação em formato de jogo na Feira de Orgânicos da ADAO, realizada no Mercado dos Pinhões. Na madrugada de segunda para terça, na véspera, a equipe se reuniu para a montagem final da ação que ocorreu entre 6h e 7h da manhã. Veja o que rolou!

 

Um semestre de intenso aprendizado.

A cadeira de Laboratório trouxe consigo a oportunidade de experimentar. Desde o começo do projeto, a equipe se via inclinada a levar a campanha para o ambiente externo. Isso teve como base alguns fatores importantes, como por exemplo o público-alvo pretendido para a campanha e a necessidade de renovação de espaços, visto que o ICA poderia representar um local já saturado para o desenvolvimento de uma ação.

Dito isto, sendo o primeiro trabalho dos alunos a ser de fato veiculado, o aprendizado foi além do esperado. Entrar em contato com o público, observar suas impressões tanto na mídia offline quanto na online e perceber o impacto que a campanha causou são formas de repensar e analisar como o trabalho é idealizado e como ele realmente é concretizado. Os percalços e dificuldades enfrentadas pela equipe foi uma forma de amadurecer enquanto futuros profissionais, ao lidar com questões e problemas que não ficavam restritas ao espaço universitário. Dito isto, o projeto Infórmula alcançou seu objetivo de levar informação ao público, garantindo, portanto, a sensação de missão cumprida e trabalho bem feito. 

Agradecemos a todos o apoio que nos foi dado para que este trabalho cumprisse com seus objetivos. Infórmula mostrou que, sim, a informação é o melhor remédio. 

Gabriel Coutinho, Hillary Maciel, Kauany Duarte, Laura Stragliotto, Luana Holanda, Maria Clara Medeiros, Pedro Sales, Renata Gabriela e Thays Soares

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